quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Gota D'agua - Breviário




"Deixe em paz meu coração


Que ele é um pote até aqui de mágoa


E qualquer desatenção, faça não


Pode ser a gota d'água..."

Ontem, 09 de agosto, fui assistir à reestréia da peça teatral “Gota D’Água – Breviário ”, me deleitei com um belo espetáculo com 2h40 de duração, excelentes atores com um roteiro extraordinário.


A peça mescla mitologia Grega com a dura realidade social brasileira, destaco o inicio ao som dos atabaques, exaltando o sincretismo religioso, muito bom!


Não poderia deixar de destacar o trabalho dos protagonistas que personificaram Jasão (André Capuano) e Medéia/Joana (Georgette Fadel)


Georgette recebeu em 2007, o premio de melhor atriz do premio Shell e pelo que vi, foi mais que merecido, impecável, sua interpretação e as nuances de sua voz são quase mitológicas.


O grupo de nove atores, mostrou um entrosamento e uma química muito boa. Sem sombra de dúvida um espetáculo que tem tudo para ser um dos maiores sucessos da temporada 2011 do teatro paulistano.


Viver em São Paulo pode ser uma loucura, porém o fato de nos permitir ter acesso as mais variadas formas de expressão cultural, todos os dias da semana não tem preço.


Amigos queridos recomendo a todos uma ida ao Teatro Coletivo para prestigiar essa trupe talentosa que estará lá todas as terças-feiras até dia 27/09.


Abraço a todos


Direção: Heron Coelho

Elenco: Georgette Fadel, André Capuano, Alexandre Krug, Luís Mármora, Daniela Duarte, Luciana Paes de Barros, Flávia Melman, Joaz Campos, Cibele Bissoli e Otávio Dantas


Teatro Coletivo Sala subsolo
R. da Consolação, 1.623 - Consolação - Centro. Telefone: 3255-5922.

Ingresso: R$ 30.

120 lugares.


Quando
terça: 20h Até 27/9.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Livraria da Imprensa Oficial


Olá Amigos,

Muitas vezes temos um olhar preconceituoso com tudo que é oficial e do governo. Eu, em varias fases de minha vida fui preconceituoso em relação a um jornal, o Estado de São Paulo.

Nos anos 80 eu era assinante da Folha de São Paulo e tinha o discurso pronto de que o Estadão era um jornal de direita e, em plena época de greves e diretas já, era inadmissível ser leitor de um veiculo tão “ligado” à direita.

Em certo momento recebi uma cortesia de 30 dias do Estadão e aí pude conhecer o jornal e percebi que na verdade ele estava mais para um jornal de centro e as matérias jornalísticas eram infinitamente melhores que as da Folha, fora o caderno de esportes que eu gosto de ler ser muito, mas muito mais completo que o da Folha.

Após vencer esse preconceito me tornei um assinante do Estadão por muitos anos, até que descobri que, para mim, o essencial eram as edições de sexta-feira e segunda-feira. E passei a comprá-lo em banca.

Tudo isso para mostrar o quanto uma visão preconceituosa pode nos afastar de coisas e lugares legais, como é o caso da Livraria da Imprensa Oficial, lá você pode encontrar livros muito interessantes, vou listar alguns:

- Boris Kossoy: fotógrafo
- Os melhoramentos de São Paulo – Prestes Maia
- Viva Pagú – Fotobiografia
- Clarice Lispector – Fotobiografia
- Palco Paulistano – Vania Toledo
- Teatro do Ornitorrinco
- Coleção Aplauso (Essa é uma série que retratam vários atores e sua carreira)
- Roteiros de Cinema (Coleção de Bolso com vários roteiros de filmes nacionais)

Existe uma infinidade de títulos, vale à pena garimpar e encontrar qual é mais a sua cara.
Eu costumo visitar a loja da XV de Novembro, 318 – porém você pode visitar outros endereços no site oficial: http://livraria.imprensaoficial.com.br/index.asp

Dica para fechar com chave de ouro, no mês de aniversário dos clientes os mesmos tem um descontão de 50%, vale a pena identificar entre seus amigos quem faz aniversário no mês e convidá-lo para um café e aproveitar e visitar uma loja

Grande Abraço e bom passeio

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Centro Cultural São Paulo

Saudações Amigos,

Ontem, 31/07, fiz um passeio que há muitos anos eu não fazia, fui ao Centro Cultural São Paulo à tarde. Vale lembrar que para minha geração (80’s) O CCSP foi uma grande referencia para estudos e shows alternativos.

Íamos lá à tarde, estudávamos para o vestibular e depois aproveitávamos o show, era muito bom, dividi com meus amigos momentos inesquecíveis naquele espaço. Lembro de locais que lá não mais existem, tinha uma casa de pão de queijo, o Tinho, que era uma delicia e também a saudosa livraria Arte Pau Brasil e seus indefectíveis postais criativos.

Naquela época o espaço ainda estava em construção, ou seja estava semi-acabado. Apesar de ter visitado o CCSP outras vezes, a última foi para assistir a um espetáculo de meu primo André Capuano, mas foi a noite e já na fila, sem aquele tempo livre para caminhar pelo espaço sem se preocupar com o tempo.

E foi exatamente isso que fiz, fui lá e passeei por áreas, até então inéditas para mim. Havia uma escada que antigamente não levava a lugar nenhum e hoje nos leva a um lindo gramado onde as pessoas ficam lendo, tocando violão ou simplesmente “lagarteiam” ao sol. Lá é possível ter uma visão única da cidade com seus prédios e avenidas, adorei!

Internamente o espaço esta meio largado, tinha algumas exposições que não me agradaram, não, a não ser uma de Diorama, que achei interessante. Tem um vidro que está todo pintado por crianças, mas passa longe de um pintura agradável, parece mais uma pichação de crianças sem a menor noção de arte, simplesmente horrível.

Tinha um espaço enorme sem nada, simplesmente vazio... tanta gente precisando de um espaço para se expressar culturalmente e um espaço daquele as moscas... Triste mesmo.

Mas valeu a pena rever um lugar tão importante em minha formação cultural

Abraço e até a próxima!